Requisitada no meio financeiro, a área teve um crescimento de 209% entre 2017 e 2021

O número de investidores cresce de forma acelerada e, com isso, as oportunidades no mercado expandem-se para além das carteiras. A assessoria de investimentos é uma profissão nova, mas cada vez mais requisitada no setor financeiro. Responsável por auxiliar os investidores a aplicarem da melhor forma, o profissional acrescenta autonomia, independência e expertise na vida dos clientes.

Novidade no Brasil, a área já é conhecida nos mercados do exterior. Nos Estados Unidos, por exemplo, a profissão é conhecida como stock broker ou financial advisor. Por lá, são cerca de 1,3 milhão de assessores de investimento e a profissão é comparada ao de gerente de banco. Por aqui, o mercado ainda é pouco explorado, mas está em plena ascensão. 

Para se ter uma ideia, no Brasil são cerca de 17 mil profissionais, de acordo com o Anuário de 2021 da Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord). Um número que triplicou desde 2017, quando eram 5,5 mil agentes em atuação. 

Desde 2012, a Ancord é a entidade responsável por certificar os profissionais da área, já a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é quem regulamenta. O assessor pode atuar como pessoa física ou pessoa jurídica, mas sempre integrado a uma corretora, em nome da qual atua como representante.

Funções

O assessor deve ser alguém engajado e capaz de lidar com múltiplas tarefas. Ele precisa, por exemplo, captar os clientes que vão fazer parte da sua carteira. Além disso, ele também por intermediar a relação do investidor com as corretoras. 

A prestação de contas sobre os produtos e serviços ofertados deve ser feita pela corretora pela qual o agente é contratado. O assessor, por sua vez, deve compartilhar as informações sobre os produtos da corretora e tirar as dúvidas dos investidores. 

O profissional também avalia a tolerância ao risco e aplica testes para traçar o perfil dos clientes. Com o estilo definido, o profissional recomenda os produtos que estejam alinhados aos objetivos do cliente. Ele também faz o acompanhamento da carteira e analisa as opções de investimento. Seja sugerindo ou tirando dúvidas dos clientes.

Formação

Quem deseja atuar no mercado precisa ser aprovado no Exame de Certificação para Agentes Autônomos de Investimento e Empregados de Instituições Financeiras. A prova é aplicada pela Ancord e dá o certificado de Agente Autônomo de Investimento. São 80 questões múltipla escolha sobre o mercado financeiro. 

O exame é on-line, e é importante pois traz segurança para o assessor e o investidor, que deve sempre consultar o registro do profissional no site da CVM.

O assessor pode ser formado em qualquer área, mas é importante que ele tenha um profundo conhecimento do ambiente econômico, seja engajado e ativo no meio. Assim, poderá ofertar uma consultoria de qualidade.

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